terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Rio: baixo nível dos reservatórios leva segunda hidrelétrica a parar

27/01/2015 - O Fluminense

Santa Branca, que abastece o Rio de Janeiro, tem entrada de 59 metros cúbicos e saída de 72. Usina chegou ao nível de volume morto e parou de gerar eletricidade no domingo

A Usina de Santa Branca, no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, pertencente à Light, fornecedora do Rio de Janeiro, chegou ao nível do volume morto e parou de gerar eletricidade no domingo, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É a segunda usina hidrelétrica integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) que parou de funcionar por falta d’água .

O nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, ou seja, está no chamado volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia. De acordo com o boletim diário da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado ontem, o reservatório de Santa Branca apresenta entrada de 59 metros cúbicos de água por segundo e saída de 72. O volume morto corresponde a 29,89% da capacidade total de Santa Branca

A Usina de Paraibuna, também no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, que pertence à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e parou na semana passada, está com -0,26 do volume útil, com entrada de 27 metros cúbicos de água por segundo de água e saída de 50. Nesse caso, o volume morto representa 44,29% da capacidade do reservatório.

De acordo com o ONS, as duas usinas paradas são pequenas e “não têm uma geração representativa para a carga total do sistema”. A capacidade instalada de Paraibuna é de 87 megawatts e de Santa Branca, 56,1 megawatts, enquanto a carga do sistema está na faixa de 70 mil megawatts médios por dia. Como o sistema é interligado, a energia gerada em outro local é remanejada para suprir a falta causada por eventuais problemas.

O ONS informa que outros reservatórios estão no volume morto, mas as usinas continuam operando “a fio d’água”, de acordo com a topografia do terreno e o volume de água. Porém, não há, por enquanto, previsão de que hidrelétricas parem de funcionar.

Apesar do baixo volume de água nos reservatórios, a ANA informa que “não tem nenhuma definição da área técnica sobre racionamento ou risco de desabastecimento” e que qualquer comunicado será publicado no site da agência reguladora.

O sistema de reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul está com 0,66% do volume útil total, somando Santa Branca, Paraibuna, Jaguari (1,72%) e Funil (3,75%). De acordo com o diretor executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, estão sendo feitas análises semanais pelo Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por integrantes do ONS, da ANA e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

O Fluminense

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