domingo, 27 de setembro de 2009

Explosão Solar


07/09/2009 -

Depois de intrigar cientistas pela falta de manchas solares nos últimos meses, nosso Sol dá sinais de vida e causa preocupação


Parece incrível, um mês atrás publicamos aqui uma matéria sobre a "menor atividade solar já registrada". Agora, de acordo com as recentes observações do Sol, nossa estrela começa a dar sinais de vida: Pequenas manchas começam a aparecer com maior frequência, anunciando a saída do período de baixa atividade para um crescente, com o pico estimado entre 2012 e 2013.

Em 2008 foram registrados 266 dias, ou 73% do ano, sem a localização de manchas solares. Até o dia 31 de março de 2009, foram 70 dias sem elas ou 87% do ano. Para se ter uma idéia, a menor incidência de manchas foi 1913, com 311 dias sem o registro de atividades desse tipo. “Este é o sol mais ‘quieto’ que qualquer pesquisador vivo já presenciou”, afirmou o cientista solar da Nasa, David Hathaway.

Samuel Heinrich Schwabe em 1843 observou a relação dessas manchas com os ciclos de atividade solar a cada onze anos. E cinco anos depois, o astrônomo suíço Rudolf Wolf desenvolveu um método de contagem das manchas solares que ainda está vivo hoje. Wolf estudou os ciclos solares em períodos de onze anos, e chamado de "Ciclo 1", analisou o primeiro ciclo 1755/66. Desde então, os seguintes foram renumerados. Assim, o próximo, que terá o seu máximo solar, em 2012 ou 2013, será o ciclo 24, e espera-se que seja de 30 a 50% mais intenso que o anterior.

A preocupação é resultante dos dados colhidos e comparados aos anteriores: Este período de baixa atividade foi o mais profundo do que podemos recordar, 2009 teve 85% dos dias sem manchas e isso leva-nos a pensar que estaríamos experimentando algo parecido com a "calma antes da tempestade".

Em março de 2006 um grupo de pesquisa alertou sobre uma mais intensa tempestade solar dos últimos 50 anos para 2012. A previsão foi fornecida pela equipe liderada por Mausumi Dikpati, do Centro Nacional de Pesquisa Atmos
férica (NCAR), um organismo financiado pela National Science Foundation e os Estados Unidos pela NASA.

"O próximo ciclo das manchas solares será de 30 a 50% mais intenso do que anteriormente confirmado. Se isso é correto, nos próximos anos assistiremos a uma explosão de atividade solar, logo abaixo do máximo histórico Solar de 1958" .

Durante o máximo solar de 1958, foi possível ver as luzes do norte do México, mas não teve consequências tão importantes como seria hoje devido ao desenvolvimento tecnológico que temos conseguido. Os pesquisadores supõem que um máximo solar de intensidade semelhante poderia causar sérios danos aos satélites, redes elétricas, celular, GPS, etc.

Os astrônomos estimam que a atividade solar permanecerá relativamente calma por mais um ano, e irá aumentar à medida em que nos aproximamos de 2012 e 2013. O que é certo é que, apesar da variedade de previsões astronômicas, teremos de esperar até lá para saber como se comporta nossa estrela.

POSTADO POR ECO4YOU* ÀS 17:39

Planeta "Intruso"


O novo planeta do sistema solar

2003 UB313 - depois Xena e finalmente Éris - o novo planeta anão.

Na tarde de 29 de julho de 2005, os astrônomos: Mike Brown do Instituto de Tecnologia da Califórnia – Caltech, juntamente com Chad Trujillo e David L. Rabinowitz, anunciaram à União Internacional de Astronomia (IAU) a descoberta do décimo planeta do sistema solar ainda provisoriamente chamado sob o nome técnico de 2003 UB313.

Esta descoberta forçou o órgão oficial de astronomia a fazer uma revisão quanto aos parâmetros oficiais para que um corpo celeste seja caracterizado como planeta e consequentemente atribuir a este um nome apropriado.

Enquanto isto não acontecia, órgãos científicos como a Nasa e revistas astronômicas de renome já reconheciam este objeto transnetuniano como o novo e mais distante planeta do sistema solar.

Características de UB313 – Codinome: Xena

Por vários anos, a equipe de astrônomos vinha trabalhando especificamente na procura de novos planetas e planetóides, já sendo autores da descoberta de objetos trans-netunianos importantes como 5000 Quaoar, Sedna, Orcus, etc.

Em sua rotina de trabalho, a cada corpo novo encontrado eles o denominavam com um código interno tais como “Flying Dutchman” (Sedna), “Easterbunny” (2005FY9) e assim surgiu o codinome “Xena” em homenagem ao sucesso do seriado de televisão com este nome.

Tratava-se do maior objeto encontrado desde a descoberta de Netuno e de sua lua Tritão em 1846.
UB313 é maior que Plutão e se encontra no “cinturão de Kuiper”. O cinturão de Kuiper é uma área do sistema solar com inclinação paralela ao plano da eclíptica e que se estende além da órbita de Netuno.
Até então, Plutão era tido como sendo o maior objeto localizado nesta área do cinturão de Kuiper.

UB313 passou a ser o planeta mais distante do sistema solar. Está a quase 97 UA do Sol em seu afélio (maior distancia do Sol).

Para vocês terem uma idéia, Plutão está a 49 AU do Sol – quase o dobro da distancia. Seu tempo de órbita é de 560 anos para dar a volta ao Sol, o que significaria uma média de 45 anos em cada signo.

O ciclo de Plutão é de 240 anos e percorre cada signo em uma média de 20 anos.

Atualmente, UB 313 encontra-se localizado em 21 ° de Áries.
Do ponto de vista astronômico o novo planeta se localiza na constelação de Cetus.

Similaridades entre Xena (UB313 e depois de nome Éris) e Plutão

Foram encontradas várias similaridade entre UB313 e Plutão: o estudo apresentado pelos astrônomos avalia que, assim como ocorre com Plutão, a composição do novo planeta é de gelo e rocha, havendo em sua superfície metano congelado (na terra, o metano é encontrado em estado gasoso).

Outra característica em comum é que UB313 apresenta uma órbita totalmente excêntrica inclinada em 44° com relação à eclíptica. A de Plutão está inclinada em 17°.

Esta inclinação surpreendeu aos astrônomos e representa um dos motivos pelo qual UB313 não foi descoberto antes.

A ilustração mostra os nove planetas incluindo UB313 em vermelho e parte da órbita de Sedna.
UB313 parece atravessar a orbita de Plutão.
O efeito é devido à sua inclinação de 45 graus em relação ao resto do sistema solar.


Como foi descoberto

Desde 2001 a equipe de astrônomos lidera, no Observatório de Palomar uma pesquisa para a descoberta de novos objetos na área do cinturão de Kuiper.

No verão de 2003 eles substituíram o equipamento de observação (Câmera Quest e o telescópio Samuel Oschin) resultando na descoberta de 80 objetos significantes.

O método usado consiste em tirar três fotografias ao longo de um período de 3 horas de uma mesma região do céu, juntar estas imagens e analisar se elas detectam o movimento característico de planetas, asteróides ou cometas.

Primeiras imagens

Em 21/10/2003 (UT 06h22min – Observatório de Palomar) foi tirada a primeira série de imagens que resultaria na descoberta.
Todo o processo de análise era computadorizado e programado para objetos de movimentos mais rápidos.
Devido à distância de UB313 e ao seu passo tão lento, os computadores não revelaram a presença do objeto.
Em 2004 a equipe decidiu reanalisar todas as fotos anteriores focando a busca para objetos muito distantes e de passo mais lento.

A descoberta:

Em 05 de Janeiro de 2005 (11h20min AM PST) a nova análise revela a presença de UB313.
Começam os trabalhos científicos para sua classificação: categoria ao qual pertencem, dimensões, densidade, rotação etc. para que a descoberta possa ser apresentada à comunidade científica.
A curiosidade da história é que os astrônomos foram forçados a revelar a descoberta oficialmente, antes da data prevista. Uma equipe de astrônomos da Espanha, tendo acesso aos dados dos computadores do Monte Palomar se precipitaram em se declarar como autores da descoberta do objeto 2003EL61, encontrado no mesmo período que UB313.
Anúncio oficial de UB313:

29 de Julho de 2005 (04h00min Pacific Daylight Time) o Centro para Minor Planet publica a descoberta.

A Lua de Xena que hoje se chama Disnomia:

10 de Setembro 2005. Astrônomos do Observatório de Mauna Kea no Havaí analisando os objetos recém descobertos com uma aparelhagem ótica de alta precisão fotografam UB3413 e descobrem uma Lua. Foi lhe dado o codinome de Gabriela.

O significado da Descoberta:

Independente de UB313 ser catalogado definitivamente como planeta ou não, não há dúvidas de se tratar de uma descoberta muito importante tanto para a comunidade astronômica quanto para os astrólogos.

A partir do momento em que a descoberta do 10° planeta do sistema solar alcançou tamanha divulgação, novas polêmicas se criaram, novas definições estão sendo impostas, novos grupos de pesquisa imediatamente se formaram em torno desta descoberta.

Principalmente entre os astrônomos e no meio astrológico.

Estes fatores em si já são suficientes para caracterizar um marco histórico na evolução destas ciências.

O horizonte dos planetas em órbita de nosso sistema solar se ampliou para 14 bilhões de quilômetros a partir do Sol.

Esta descoberta provoca uma abertura de conhecimento que simultaneamente expressa uma nova ampliação de consciência de nossa civilização.

No coletivo e no individual.


Créditos e Referências:

- Site Ciência Hoje: Quantos Planetas existem no Sistema Solar

http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/3477

- Canal de Notícias AFP-Terra – Ciência e Astronomia
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI610408-EI302,00.html

- Página do Astrônomo Mike Brown - inglês
http://www.gps.caltech.edu/~mbrown/planetlila/index.html

- Gemini Observatory – CalTech – Artigo de Chad Trujillo - espanhol
http://www.gemini.edu/index.php?option=content&task=view&id=142&Itemid
=0&limit=1&limitstart=1


- W.M. Keck Observatory – Havai – Descoberta de Gabriela, a Lua de Xena
inglês
http://www2.keck.hawaii.edu/optics/staff/mvandam/gabrielle

Explosão Solar

Espectaculares tempestades solares fazem História!

2003-11-07

A região activa 10486 deu origem a uma espectacular fulguração solar de classe X17.2 a 28 de Outubro de 2003, seguida de uma ejecção de massa coronal que atingiu a Terra no dia seguinte. A 4 de Novembro, a mesma região, que se encontrava já no horizonte solar, deu origem à maior fulguração alguma vez observada por satélites e que saturou os instrumentos que a detectaram. Estima-se que seja de classe X28. Crédito: SOHO/EIT, SOHO/LASCO (ESA & NASA).
A última semana vai entrar para a história da observação solar. De facto, nunca antes tinha ocorrido num período tão curto uma série tão intensa de erupções como a que se verificou desde o dia 28 de Outubro. Uma região conhecida como região activa 10486, já então sob o escrutínio de vários satélites de observação do astro-rei da NASA e ESA, e na qual se localiza um grupo de manchas solares com o tamanho equivalente a 10 vezes a dimensão da Terra, produziu no dia 28 de Outubro uma explosão na direcção da Terra classificada como a terceira mais potente observada desde os primórdios da observação solar espacial (a partir do início dos anos 70). Apenas duas fulguraçõessolares mais intensas que esta (até ao dia 28 de Outubro, isto é...) haviam ocorrido na era moderna: uma em 1989 (que provocou então a queda do sistema de distribuição de energia para cerca de 6 milhões de pessoas durante 9 horas no Canadá) e outra em 2001 (sendo que esta última ocorreu numa direcção que não a da Terra, não tendo produzido efeitos observáveis).

A fulguração de dia 28 de Outubro causou, entre outros fenómenos, uma ejecção demassa coronal - o envio de uma grande quantidade de partículas - na direcção do nosso planeta que atingiu a magnetosfera eionosfera terrestres cerca de 24 horas após o início da sua travessia do espaço a cerca de 1000 km/s (3,5 milhões de quilómetros por hora). As partículas, ao colidirem com as camadas superiores da atmosfera terrestre, deram origem a auroras boreais sem precedentes, desde os estados mais a sul dos Estados Unidos (como a Califórnia e o Texas) até à Europa Central, e mesmo ao norte de Espanha - algumas das imagens tiradas por cidadãos foram recolhidas pela NASA, estando acessíveis em
http://spaceweather.com/aurora/gallery_28oct01.html

Desde o dia 28 de Outubro até ao dia 4 de Novembro, ocorreram ainda uma série de fulgurações menores, incluindo uma de classe X10 (a nona mais potente jamais observada), e uma série de fulgurações de classe X8 (dia 2 de Novembro), X3 (3 de Novembro) e X2 (3 de Novembro).

Mas a actividade do Sol não ficou por aqui. Terça-Feira, dia 4 de Novembro, às 19.46GMT, enquanto a agora famosa região 10486 desaparecia no horizonte solar (o Sol tem um período de rotação de cerca de 27 dias), o Sol produziu aquela que se tornou quase imediatamente na maior explosão solar jamais observada por um satélite, e que saturou durante 11 minutos os sensores dos satélites GOES da NOAA (Administração Oceanográfica e Atmosférica dos Estados Unidos), que observam o Sol numa órbita a cerca de 1,5 milhões de quilómetros da Terra. Embora a explosão fosse direccionada na perpendicular à direcção da Terra, a violência desta explosão foi tal que originou um blackout total de comunicações em onda curta no nosso planeta, deixando os satélites da NOAA incapazes de medir a sua intensidade. A melhor estimativa publicada pelo NOAA, segundo os dados actualmente disponíveis, é que a explosão terá atingido o nível X28, embora se especule que poderá ter atingido valores superiores. Para a história ficará, em todo o caso, o título com que no dia 5 de Novembro o sítio na internet da missão SOHO (Observatório Solar e Heliosférico) da ESA e NASA anunciava a observação deste fenómeno: "X-Whatever Flare!" - o que significa, numa tradução livre, "Explosão de Classe X-o-que-quer-que-seja!".

A actividade solar varia segundo um período de 11 anos, no pico do qual é comum ocorrer com maiorfrequência o tipo de explosões que foram observadas nos últimos dias. O último pico de actividade solar ocorreu em 2001, tendo a actividade solar estado a diminuir desde então, razão pela qual o período dos últimos dias é considerado ainda mais surpreendente. O próximo mínimo solar deverá ocorrer em 2006/2007.

O sistema de medição da intensidade das fulgurações solares é baseado na irradiância (W/m2) do Sol numa banda pré-definida de frequências de raios-X. A classificação possui 5 níveis-base, estendendo-se desde o nível A (10-8W/m2) ao nível X (10-4W/m2), passando pelos níveis B (10-7W/m2), C (10-6W/m2) e M (10-5W/m2). O algarismo que se segue à classificação é simplesmente o valor máximo observado da irradiância, dividido pelo valor associado ao nível-base. Desta forma, as explosões de 1989 e 2001 atingiram o grau X20 (20x10-4W/m2), enquanto que a explosão de 28 de Outubro atingiu o grau X17 (17x10-4W/m2). Segundo as estimativas do NOAA, a fulguração de dia 4 de Novembro poderá ter atingido o nível X28, o que corresponde a 28x10-4W/m2 de pico!

Fonte da notícia: http://sohowww.estec.esa.nl/

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bunker de Estocolmo


Sementes



Relato:

Escutei no rádio do carro ao voltar pra casa. Deve ser uma notícia velha, conhecida por todos, mas a desconhecia e fiquei emocionada. Se trata de um projeto da "Global Crop Diversity Trust", que é uma fundação para o a seguridade alimentar. O projeto consiste em criar um banco de sementes em um lugar seguro, uma espécie de bunker-arca de Noé para garanitir que milhões de espécies vegetais possam ser preservadas em caso de catástofres. A Noruega apostou no projeto e já estão construindo um enorme depósito subterrâneo nas proximidades do Pólo Norte.

Este tipo de notícia alegra meu dia. Já fui ativista ecológica de carteirinha, embora hoje não esteja mais atuando diretamente nesta área. Participei do processo de criação de Ong chamada Avidepa, em Vila Velha, lá pelos idos de mil novecentos e oitenta e alguma coisa. Bons tempos aqueles! Conheci pessoas muito batalhadoras que até hoje estão ajudando a preservar ecossistemas fundamentais do litoral capixaba. Salve César Musso e muitos outros que trabalham para que a voracidade especulativa não acabe com as belezas da fauna e da flora Mata Atlântica capixaba.

http://anlenedmadrid.blogspot.com/2008/01/sementes.html

sábado, 12 de setembro de 2009

Aquecimento dos Pólos é muito maior que se imaginava

12/09/2009 - O Estado de SP

Estudo mostra que gelo derrete cada vez mais rápido na Groelândia

Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo

Genebra - A Antártica está derretendo a um ritmo mais rápido que se imaginava. O alerta é de um estudo realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em colaboração com mais de mil especialistas sobre as regiões polares do planeta. A consequência será a elevação sem precedentes dos oceanos a níveis nem mesmo previstos pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Especial: O mundo mais quente

Mais de 200 milhões de pessoas que vivem em regiões costeiras poderão sofrer. Outro foco de preocupação é a de perda de gelo na Groenlândia e o derretimento das águas do Ártico.

O relatório, preparado no âmbito das comemorações do Ano Polar, concluiu que tanto o Polo Sul como o Norte estão sofrendo uma "acelerada e generalizada" perda de gelo. A parte ocidental da Antártica também sofreria com o aquecimento. Informações obtidas até recentemente apontavam que essa região estaria de certa forma isenta das mudanças climáticas.

Cientistas estimavam que o gelo sobre o território da Antártica e Groenlândia não estavam sofrendo da mesma forma que o gelo na águas polares. Mas as constatações agora são de que esses blocos também estão sendo perdidos.

Para os cientistas, o resultado ainda pode ser uma deterioração ainda maior do aquecimento global, já que o derretimento desse gelo polar pode liberar gases que estavam presos e intensificar os problemas climático.

Para Colin Summerhayes, diretor executivo do Comitê Científico de Pesquisas sobre a Antártica, admitiu que não esperava que a conclusão fosse tão sombria. "O que vemos é que não é apenas a parcela de terra que chega até o sul da América do Sul que está sendo afetada", disse.

O estudo foi realizado durante dois anos e envolveu mais de mil cientistas de 60 países. Para chegar ao resultado, utilizaram satélites, submarinos e alta tecnologia. A pesquisa concluiu que a águas que estão próximas ao continente estão 0,3 graus Fahrenheit mais quentes que há dez anos. Isso representaria uma elevação duas vezes mais rápida que o resto dos oceanos nos últimos 30 anos. "Esses podem ser os indícios de um incipiente colapso da cobertura de gelo da Antártica", disse Summerhayes. "Essas mudanças provam que o aquecimento global está afetando a Antártica de formas que não conhecíamos antes", disse.

Outra conclusão foi a de que o número de blocos de gelo que estão deslocados do continente boiando sobre as águas atinge uma taxa sem precedentes. Isso seria parte das evidências de que há uma mudança climática na região. A maior preocupação se refere ao glacial de Pine, com um degelo fazendo com que os glaciais se movam 40% mais rápido que as taxas de 1970. No Glacial Smith, a velocidade é 83% maior que em 1992. Segundo os cientistas, a velocidade é um sinal da perda de gelo.
Por ano, o degelo dos glaciais já soma 114 bilhões de toneladas. Para Summerhayes, esse derretimento terá repercussões para os níveis dos oceanos nos próximos anos. A constatação é de que, hoje, o derretimento do gelo da Antártica já contribui para uma elevação de 3 milímetros nos níveis do mar no planeta a cada ano.

O cientista admite que a taxa de perda de gelo na região é mais alta que o que o IPCC havia previsto em seus relatórios, considerados como a base da atuação política mundial ara frear as mudanças climáticas.

O IPCC, em 2007, havia previsto uma alta de 80 centímetros nos níveis dos oceanos até 2100. "Se a cobertura de gelo da Antártica derreter por completo, os níveis dos mares aumentarão em até 1,5 metros", disse Summerhayes. "Isso significará que mais de 200 milhões de pessoas serão afetadas", disse.